O Clube do Coração

Após passar por um coração partido, a tímida proprietária de um café à beira da falência encontra consolo nas canções de amor javanesas de Didi Kempot. Este café, situado em uma pequena cidade repleta de tradições e memórias, estava destinado a ser um lugar de felicidade e união, mas tornou-se um reflexo da tristeza que agora envolve a vida de sua dona, Ana. Com cada xícara de café servida, Ana não apenas oferece uma bebida quente, mas também um pedaço de sua alma, um ninho de suas esperanças e sonhos despedaçados.

Ana sempre foi uma mulher que sonhou em transformar seu café em um local de encontro para amantes e amigos. Contudo, as desilusões amorosas a levaram a um estado de apatia, fazendo com que seu café murchasse como as flores que ela costumava arranjar. Seu mundo muda quando, em uma noite tranquila, um velho rádio, que pertenceu ao seu avô, começa a tocar as majestosas canções de Didi Kempot, que falam sobre a dor e a beleza do amor. As melodias nostálgicas conseguem tocas sua alma, despertando lembranças e emoções que estavam escondidas há muito tempo.

À medida que Ana se submerge nas letras profundas e poéticas das músicas, ela se transforma. As canções de Kempot, que capturam a essência da vida e da luta amorosa javanesa, tornam-se uma força guiadora. Ana se conecta com os sentimentos retratados nas músicas, como se cada nota estivesse contando sua própria história de amor perdido e esperança renovada. Ela começa a reviver o café, organizando noites de música ao vivo onde ela e outros prestam homenagem ao cantor, criando uma comunidade onde todos compartilham suas histórias de amor e perda.

O filme não é apenas uma jornada de autodescoberta de Ana, mas também um tributo à cultura javanesa, à sua música e às profundas raízes da nostalgia que ela evoca. Com o passar do tempo, Ana aprende a se abrir para novas conexões, descobrir amizades inesperadas e recuperar a alegria de estar viva. Através do amor pela música e da irrefreável vontade de reerguer seu café, Ana ilumina não apenas sua vida, mas a de todos ao seu redor, lembrando que, mesmo após o maior dos desprazeres, sempre há espaço para recomeçar e redescobrir a felicidade.