Tia Faransa

Após a morte trágica de sua mãe, as irmãs Clara e Beatriz se veem em um turbilhão emocional e na necessidade de recomeçar suas vidas. Deslocadas da única casa que conheceram, elas são levadas a viver com uma tia excêntrica que é uma profissional do luto. Essa nova realidade se revela mais do que uma simples mudança de endereço; é um verdadeiro teste de resistência para ambos os lados.

A tia, Maria, é uma mulher complexa, marcada por suas próprias perdas e cheia de segredos do passado. Com o tempo, as irmãs descobrem que a profissão da tia não se resume a apenas chorar pelos mortos, mas sim a um ritual profundo, onde a dor se encontra com a celebração da vida. Maria se dedica a ajudar famílias a lidarem com o luto, organizando cerimônias emocionantes que honram a memória dos falecidos. Este papel que ela desempenha acaba por impactar, de forma inesperada, a maneira como Clara e Beatriz percebem sua própria dor.

Conforme os dias se transformam em semanas, as irmãs encontram nas lições de Maria uma nova forma de entender a perda. Clara, a mais velha e mais razão, começa a se abrir para a ideia de que o luto não é um fardo, mas um processo que deve ser vivido plenamente. Beatriz, mais sensível e artística, dá vida a suas emoções através da pintura, retratando as lembranças e os sentimentos que não conseguem expressar em palavras.

O clima de melancolia se entrelaça com momentos de leveza, à medida que as irmãs aprendem a se apoiar mutuamente, cada uma encontrando seu próprio caminho para lidar com a ausência da mãe e a nova configuração familiar. Enquanto se ajustam à nova vida cheia de rituais peculiares e encontros inesperados com a comunidade do luto, Clara e Beatriz fazem amizades inesperadas e descobrem a força de um vínculo que desafia a dor, transformando suas experiências em crescimento e resiliência.

Através de encontros com outras pessoas que compartilham suas histórias de perda e superação, as irmãs compreendem que não estão sozinhas em suas lutas. Os laços que se formam vão além da tristeza, revelando o poder da conexão humana e a beleza que pode surgir mesmo nas circunstâncias mais sombrias. Essa jornada de transformação reafirma que, mesmo após as maiores tragédias, o amor e a esperança podem florescer, permitindo que o passado se torne uma parte integral de quem somos no presente.