O Amor Não Tem Sexo

O biógrafo John Lahr está escrevendo um livro sobre o dramaturgo Joe Orton. Joe e Kenneth se conhecem na escola de teatro e vivem juntos como amantes e colaboradores por dez anos. Ambos desejam se tornar escritores, mas apenas um deles alcança o sucesso.

Este filme retrata a vida espetacular e a morte violenta do dramaturgo britânico Joe Orton, interpretado por Gary Oldman. Desde sua adolescência, Orton se torna amigo do mais velho e reservado Kenneth Halliwell, vivido por Alfred Molina. Embora o relacionamento entre eles comece com uma forte atração, rapidamente se revela que a conexão vai além do desejo físico. Orton é irresistivelmente atraído por experiências perigosas; ele busca a excitação dos banheiros públicos e das aventuras em casa de banho. Kenneth, por outro lado, não possui o mesmo carisma ou beleza de Orton, o que o torna mais vulnerável nesse mundo de sedução e rebeldia.

Enquanto ambos sonham em se tornar escritores, Orton se destaca e rapidamente conquista a fama desejada. Suas peças “Entertaining Mr. Sloane” e “Loot” tornam-se grandes sucessos no Londres dos anos sessenta, ganhando a atenção não só do público, mas também da crítica. O auge da carreira de Orton é marcado pelo comissionamento de um roteiro para os Beatles, um sonho realizado que o distanciará ainda mais de Kenneth.

A relação entre os dois se transforma à medida que o sucesso de Orton se torna cada vez mais evidente, exacerbando as inseguranças e frustrações de Kenneth. Enquanto Orton brilha sob os holofotes, Kenneth se vê à sombra de seu parceiro, lutando contra a inveja e a sensação de inadequação. Os sentimentos que antes uniam o casal agora se transformam em uma pressão insuportável. Kenneth, em um momento de desespero e desespero emocional, toma uma decisão devastadora que põe fim à vida de Orton e à sua própria.

Este filme não é apenas um retrato da ascensão e queda de um dramaturgo, mas também uma exploração profunda das complexidades do amor, da ambição e dos sacrifícios que essa busca por sucesso pode exigir. A relação entre Orton e Halliwell é uma tradução dolorosa das nuances do afeto humano, mostrando como os laços que nos unem podem se tornar uma fonte de dor e conflito quando a fama e o desejo entram em cena.