A Segurança Interna

Clara e Hans são terroristas de esquerda que, por quase quinze anos, têm sido caçados pela polícia. Eles se esconderam em uma vida cheia de segredos e incertezas, tentando permanecer um passo à frente das autoridades e evitar a captura. Entretanto, a pressão e a tensão aumentam quando a filha do casal, Jeanne, começa a manifestar sua própria rebeldia. À medida que Jeanne entra na adolescência, sua curiosidade e desejo de liberdade se tornam mais intensos, colocando em risco a segurança da família.

Jeanne, cansada da vida reclusa e das constantes mentiras que cercam sua existência, encontra no amor uma forma de fuga. Ela se apaixonada por um jovem que conhece na praia, um encontro que muda tudo em sua vida. Este rapaz representa tudo o que ela anseia: normalidade, liberdade e a possibilidade de viver sem o fardo do passado criminoso de seus pais. Contudo, essa nova paixão também traz consigo riscos imprevisíveis. O jovem não tem ideia da verdadeira identidade de Jeanne, e ao se aprofundarem no relacionamento, ela se vê presa entre a lealdade a seus pais e a vontade de seguir seu próprio caminho.

O filme explora temas profundos como a luta pela identidade, os conflitos familiares e a busca por liberdade pessoal em um mundo repleto de opressão. A relação entre Clara, Hans e Jeanne é complexo, repleto de amor, tensão e traumas não resolvidos. À medida que Jeanne se afasta de seus pais, Clara e Hans tentam protegê-la de um destino que eles conhecem muito bem, mas ao mesmo tempo não percebem que suas ações podem ficar ainda mais perigosas para eles e para a jovem.

Conforme a história avança, a pressão sobre Jeanne aumenta, levando-a a tomar decisões difíceis que podem afetar não apenas seu relacionamento com seu novo amor, mas também a dinâmica familiar. O filme provoca uma reflexão acerca de até onde uma pessoa pode ir para buscar liberdade e a relação entre passado e futuro. É uma narrativa intensa que desafia o espectador a considerar os limites da lealdade e a luta pela própria identidade em meio a circunstâncias adversas. O amor, neste contexto, é apresentado como uma força poderosa, capaz de libertar, mas também de aprisionar.