A Confissão

A história gira em torno de Pierre Brossard, um ex-executor nazista que se torna o alvo de assassinos e investigadores policiais. Em 1992, o governo francês aprova uma lei que pune os crimes contra a humanidade, possibilitando a perseguição de colaboradores nazistas da Segunda Guerra Mundial. A juíza Annemarie Livi é designada para o caso de Brossard, um policial em Dombey, França, durante junho de 1944, que participou da captura de um grupo de judeus e tomou a decisão pessoal de escolher sete deles para serem executados. Após um julgamento em 1955, onde foi condenado à morte como colaborador, Brossard conseguiu escapar da custódia policial. Com o passar dos anos, ele recebeu um perdão presidencial por seus crimes.

Determinado a fazer justiça, Livi busca a ajuda do coronel Roux, do Exército Francês, desconfiando das forças policiais que colaboraram com o regime de Vichy na época da guerra. Durante a investigação, Roux revela que uma organização judaica desconhecida também está rastreando Brossard, com intenção de executar sua própria forma de justiça. Livi suspeita que o perdão que Brossard recebeu foi fruto de uma conspiração, orquestrada por alguém com laços profundos no governo, a quem se refere como “O Velho”, um indivíduo que provavelmente ocupa uma posição elevada.

Enquanto isso, a Igreja Católica, que durante anos tem dado suporte a Brossard, se apresenta como um obstáculo adicional. Ajudar a penetrar nas fileiras fechadas da Igreja será um grande desafio. Livi é alertada por um amigo de família, Armand Bertier, um ministro do governo, que a investigação por si só representa um campo minado, repleto de influências e perigos inesperados.

Brossard, ciente de que tanto o governo quanto a organização judaica o estão monitorando, se considera um católico devoto entre os tradicionalistas e busca uma forma de absolvição por seus atos. Ele tenta se manter sempre um passo à frente daqueles que o perseguem, enquanto lida com um conflito interno sobre sua possível entrega às autoridades ou ao grupo judaico. Seus perseguidores, por sua vez, têm interesses mais profundos que a simples vingança, buscando ocultar suas próprias transgressões e proteger seus segredos. Afinal, em um jogo de gato e rato, a linha entre justiça e vingança se torna cada vez mais nebulosa, revelando os complexos dilemas morais que definem o ser humano em tempos de guerra e traição.