Assassinato no Expresso Oriente

Em dezembro de 1935, um trem luxuoso, o Oriental Express, parte de Istambul em direção a Londres, mas logo se vê confrontado por uma inesperada tempestade de neve que interrompe a viagem em uma remota região da Iugoslávia. A bordo, o renomado e meticuloso detetive belga Hercule Poirot, que havia conseguido um lugar de última hora no carro de primeira classe por meio de seu amigo Signor Bianchi, um dos diretores da companhia ferroviária. Desde o início, a presença de Poirot na viagem causa estranheza entre alguns dos passageiros, cujas inquietações se tornam justificadas quando um assassinato brutal ocorre no interior do trem.

Durante a noite, um dos passageiros de primeira classe, que havia solicitado proteção a Poirot devido a ameaças de morte, é encontrado morto em seu compartimento, vítima de múltiplas facadas. No momento do assassinato, a situação do trem se torna ainda mais delicada: preso pela neve, os caminhos estão fechados e a chegada da polícia local parece improvável, pois Poirot se propôs a resolver o mistério sem envolver as autoridades iugoslavas. O detetive rapidamente descobre que a vítima não era quem dizia ser e que sua identidade está ligada a um caso de sequestro e assassinato nos Estados Unidos que aconteceu cinco anos antes.

Daisy Armstrong, uma bebê americana, foi assassinado mesmo após seus pais terem pago o resgate exigido pelos sequestradores. O culpado já havia sido condenado e executado, mas o dinheiro do resgate nunca foi recuperado, e um cúmplice fugiu sem deixar rastros. Enquanto Poirot investiga, ele interage com os passageiros de primeira classe, que incluem aristocratas e seus criados, todos aparentemente dispostos a colaborar. No entanto, à medida que ele coleta depoimentos, torna-se evidente que muitos têm motivos ocultos e oportunidades para cometer o crime, revelando que as aparências podem enganar.

Com pistas que surgem a partir de diversas fontes, incluindo uma vasta gama de índícios encontrados a bordo, Poirot se vê desafiado a desvendar essa complexa teia de mentiras e segredos. O clima de tensão e a iminência do desenrolar de um novo crime se tornam palpáveis, enquanto o relógio avança e o detetive se dá conta de que o tempo pode ser o seu maior inimigo. À medida que os mistérios se desenrolam, Poirot deve confrontar seus próprios limites e se aprofundar nas vulnerabilidades humanas para solucionar este caso macabro.