Barcelona – O Mapa

Um casal de idosos decide pedir aos seus inquilinos que desocupem um edifício em Barcelona, dando início a uma série de conversas reveladoras que vivem nas paredes dessa construção. A história mergulha nos entrelaçamentos da vida cotidiana, onde cada personagem apresenta uma faceta única, desnudando segredos e anseios que transbordam em meio à aparente normalidade de suas existências.

À medida que os inquilinos, com suas histórias e passados singulares, enfrentam a iminente mudança, descobrimos um microcosmo de vidas repletas de solidão e sonhos não realizados. A jovem artista que luta para encontrar sua voz em meio ao caos criativo, o médico aposentado que carrega os fardos de um amor perdido e o escritor solitário que se vê preso entre a realidade e suas fantasias literárias são apenas alguns dos protagonistas que se entrelaçam nesta narrativa íntima.

A tensão cresce quando os idosos, que por muitos anos foram apenas os administradores dessa edificação, começam a se envolver emocionalmente com a história de cada inquilino. Os laços formados nas conversas espontâneas revelam tanto fragilidades quanto forças. Um simples pedido de desocupação se torna um catalisador para a reflexão e a redescoberta do que significa fazer parte de uma comunidade, mesmo que temporária.

Sabores, sons e a vibrante cultura de Barcelona se tornam um pano de fundo riquíssimo, enquanto as interações revelam as complexidades da vida urbana moderna. Os desafios da gentrificação e as dinâmicas de poder sutilmente entrelaçadas revelam as tensões inerentes a habitar um espaço que é ao mesmo tempo um lar e um investimento. Este dramedy emocional explora, portanto, as esperanças e medos que cada um carrega, tornando evidente que, apesar das diferenças, as vidas se entrelaçam de formas surpreendentes.

O público poderá se emocionar com a humanidade que transparece nas falas e silêncios de cada personagem, onde as palavras muitas vezes não são suficientes para expressar a profundidade dos sentimentos. A narrativa convida os espectadores a refletirem sobre o que significa ser parte de um mundo cada vez mais isolado, desafiando-os a reconsiderar seus próprios relacionamentos e a importância da empatia em tempos incertos.