Coven

Em plena época da Inquisição, o País Basco, em 1609, vive um clima de terror e desconfiança. Um grupo de mulheres, acusadas de bruxaria e condenadas à fogueira, percebe que suas vidas estão por um fio. Para ganhar tempo e adiar suas execuções, elas arquitetam um plano audacioso: levar seu inquisidor a um encontro secreto no qual pretendem enganar e desorientar seus opressores.

Entre essas mulheres está Maribel, uma herbalista com profundo conhecimento das plantas e suas propriedades, que se vê envolvida em um mundo de medos ancestrais e superstições. Cada uma delas traz consigo histórias de dor e resistência, desde a jovem Ana, que sonha com a liberdade, até a sábia Beatriz, que guarda em si os segredos de gerações. Juntas, elas enfrentam não apenas os horrores da Inquisição, mas também a brutalidade de um sistema que busca exterminá-las.

Com uma trama repleta de reviravoltas, as protagonistas usam a intriga e a sedução para atrair o inquisidor para a floresta, onde se realizam ritualísticas que o fazem questionar sua própria sanidade e fé. À medida que a noite avança, ele começa a ver visões e a ouvir sussurros que testam suas crenças mais profundas. As mulheres, sob a fachada de força e união, revelam suas vulnerabilidades e medos enquanto lutam contra o poder opressivo que as rodeia.

O filme não apenas explora os temas da opressão e da resistência, mas também questiona o que significa ser uma mulher em um mundo dominado pelo medo e pela ignorância. Conflitos internos agitam as personagens, que se veem divididas entre a vontade de lutar por suas vidas e a cobiça de um conhecimento proibido.

Com paisagens sombrias e uma cinematografia envolvente, a narrativa captura a beleza melancólica do País Basco, contrastando suas tradições ricas com a brutalidade da época. O desfecho da história traz à tona questões sobre a verdadeira natureza do poder e as consequências da manipulação, levando os espectadores a refletir sobre o legado de injustiça e a força intrínseca das mulheres na luta pela autoafirmação. Este é mais do que um relato histórico; é uma celebração da resiliência, do misticismo e da luta contra a tirania.