Duas ou Três Coisas Que eu Sei Dela

Duas ou Três Coisas Que eu Sei Dela

(1967)

Um dia na vida de Juliette Janson, uma dona de casa que também se vê forçada a exercer a prostituição em Paris, é explorado neste filme que tece uma crítica social poderosa. A narrativa entrelaça suas experiências cotidianas com reflexões profundas sobre a Guerra do Vietnã e questões contemporâneas, revelando um contexto que vai além da mera sobrevivência.

Juliette, interpretada com sensibilidade pela atriz Marina Vlady, representa a mulher parisiense dos anos 60, imersa em um ambiente de mudanças sociais vertiginosas e um consumismo avassalador. A vida em Paris, antes considerada um símbolo de romance e arte, revela-se fria e indiferente. A trama destaca o cotidiano de famílias que lutam para sobreviver com rendimentos irrisórios, enquanto a prostituição aparece como uma alternativa viável, oferecendo a promessa de uma liberdade financeira efêmera.

À medida que Juliette navega por esta dualidade, a narrativa mergulha em seus conflitos internos e dilemas morais. O filme expõe a dilaceração de suas esperanças, entrelaçando momentos de pura vulnerabilidade com a frieza da realidade que a cerca. Através de seus olhos, o espectador é convidado a testemunhar o desespero das chamadas guerras da era moderna, especialmente a do Vietnã, onde a apatia e o distanciamento emocional dominam a vida urbana.

Os personagens ao redor de Juliette também são bem esboçados, cada um lidando com suas próprias desilusões e a busca por significado em um mundo que parece ter esquecido os valores humanos essenciais. A interação entre eles revela o isolamento emocional que permeia a sociedade parisiense, sugerindo que o real deserto não é apenas físico, mas também emocional.

Visualmente, o filme é um retrato sombrio e poético de uma cidade que, embora romântica em sua superfície, guarda uma tristeza profunda e refletida nas vidas de seus habitantes. As ruas de Paris servem como um contraste à vida interior de seus personagens, onde o riso e a alegria frequentemente se ocultam atrás de sorrisos forçados e diálogos vazios.

Por fim, a obra encerra com uma reflexão sobre o que significa ser humano em tempos de crise, questionando a capacidade de resiliência diante de realidades desoladoras. É um convite contemplativo para olharmos além da superfície e encontrarmos a conexão entre nossas lutas pessoais e as grandes questões que afetam o mundo.

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11.

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Classificação

MovieScout Rating 6.5

Gêneros

Comédia|Drama

Tempo de execução

1 h 27 min

Classificação etária

País produtor

Diretor

Elenco

Jean-Luc Godard
Yves Beneyton
Juliet Berto
Helena Bielicic
Christophe Bourseiller
Marie Cardinal
Robert Chevassu
Anny Duperey
Joseph Gehrard
Blandine Jeanson
Benjamin Jules-Rosette
Jean-Pierre Laverne
Jean-Patrick Lebel
Raoul Lévy
Anna Manga
Claude Miller
Roger Montsoret
Jean Narboni

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