Dublê de Anjo

Em um hospital nos arredores de Los Angeles, na década de 1920, Alexandria é uma garotinha que se recupera de um braço quebrado. Durante sua estadia, ela conhece Roy Walker, um dublê de cinema cujas pernas estão paralisadas após uma queda durante uma de suas acrobacias. A amizade deles floresce em meio à dor e aos desafios, e Alexandria logo se torna a confidente de Roy, uma fonte de esperança em seus dias sombrios.

Através dos olhos inocentes de Alexandria, Roy se vê compelido a entreter a criança com uma narrativa rica e elaborada. Ele cria uma história fantástica sobre seis homens, cada um originário de um mundo totalmente diferente, que se unem em uma missão insana: derrubar um governador provincial corrupto. Ao longo da narrativa, somos apresentados a esses heróis místicos, cujo desenvolvimento reflete suas experiências de vida distintas, enquanto eles atravessam paisagens desafiadoras e enfrentam inimigos implacáveis.

Conforme Roy narra suas aventuras, ele não apenas entretém, mas também tenta escapar de sua própria realidade dolorosa, em que a morte se aproxima a cada dia. Alexandria, por sua vez, mergulha na história, fascinada pelas desventuras e pela bravura dos protagonistas. Enquanto a relação entre eles se aprofunda, uma troca emocional intensa se estabelece; Roy se vê como mentor e Alexandria como uma luz divina que o mantém conectado à vida.

Entre as pausas da narrativa, Roy manipula Alexandria para que ela vá até a farmácia do hospital em busca de morfina, revelando a desesperada luta que ele trava com a dor e a possibilidade da morte. Essa busca por alívio se entrelaça com a jornada dos personagens da história, refletindo não apenas seus combatentes, mas também os desafios internos que cada um enfrenta.

À medida que a narrativa avança para seu clímax, as linhas entre a fantasia e a realidade começam a se desfocar. Roy e Alexandria tornam-se parceiros em uma dança de sobrevivência, amor e sacrifício. No final, a linha tênue entre a vida e a morte se torna uma realidade palpável, deixando os espectadores com a emoção crua de uma amizade que brota em meio ao sofrimento, e a beleza de histórias que, por mais distantes que sejam, têm o poder de curar e redimir.