Endemoniada

Uma mulher sujeita a abuso mental, físico e sexual em uma ilha remota busca uma saída. Hae-won é uma bela mulher solteira na casa dos trinta anos que trabalha em um banco na cidade de Seul. Ela leva uma vida agitada, cheia de compromissos, até que se torna testemunha de uma tentativa de homicídio. Simultaneamente, sua vida profissional começa a entrar em colapso. Quando as tensões se tornam insuportáveis e as consequências do crime que presenciou ameaçam sua segurança, Hae-won é forçada a tirar férias. Ela decide então viajar para ‘Moodo’, uma pequena ilha quase inexplorada, onde passou a infância visitando seus avós.

Na ilha, Hae-won reencontra Bok-nam, uma antiga amiga de sua juventude, que ainda lhe escreve pedindo que a visite, mesmo que Hae-won nunca tenha respondido suas cartas. Ao desembarcar em Moodo, Hae-won fica horrorizada com a realidade que encontra: Bok-nam é tratada como uma escrava. Desde que se tornou a única jovem mulher na ilha, ela se transforma no alvo dos desejos dos homens e é explorada pelas mulheres locais, que a utilizam como mão de obra gratuita. O sofrimento e a opressão a que Bok-nam está submetida a empurram para o desespero, pois ela já tentou escapar da ilha diversas vezes, mas sem sucesso.

Bok-nam implora a Hae-won que a ajude a sair dessa vida de tormento, mas Hae-won hesita, preocupada em não se envolver em uma situação tão complicada e perigosa. Sua indiferença é desafiada quando Bok-nam revela que sua própria filha corre o risco de seguir o mesmo destino opressivo. Este despertar no coração de Hae-won a leva a questionar suas prioridades e o custo de permanecer apática diante da injustiça.

À medida que o relacionamento entre elas se aprofunda, Hae-won começa a perceber que sua viagem de fuga não é apenas física, mas também uma jornada de redescoberta e empoderamento. Ela se vê diante de uma escolha difícil: ignorar o sofrimento à sua volta ou lutar por algo maior do que ela mesma. O filme explora temas de amizade, resiliência e a luta contra a opressão, levando o público a uma reflexão profunda sobre a empatia e a ação em um mundo muitas vezes indiferente ao sofrimento alheio.