Primeiro Mataram Meu Pai

Forçada a abandonar seu lar durante a sanguinária ascensão do Khmer Rouge, uma jovem órfã cambojana é tragicamente catapultada para um mundo de violência e sobrevivência. A história gira em torno de Sokha, uma menina de apenas oito anos que testemunha a destruição de sua infância quando os guerrilheiros tomam sua vila. Em meio ao caos e à tragédia, ela se vê separada de seus seis irmãos, que são enviados para campos de trabalho, onde o sofrimento e as condições desumanas parecem insuportáveis.

Em sua luta por sobrevivência, Sokha é capturada e recrutada à força como uma criança soldado, forçada a deixar para trás sua inocência e a enfrentar um treinamento brutal que visa transformá-la em uma arma em vez de uma criança. No dormitório escuro e opressivo onde dorme junto a outras crianças, ela tenta se lembrar dos dias felizes com sua família, mas o peso das memórias se torna quase insuportável. Ao longo do treinamento, ela encontra algumas amizades inesperadas; crianças que, como ela, lutam para encontrar um sentido em meio à devastação. Essas ligações se tornam uma fonte de esperança e resistência para Sokha, um lembrete do que significava ser livre, amar e ser amado.

As situações que ela enfrenta são intensas e muitas vezes trágicas. À medida que se adapta às exigências cruéis de sua nova vida, Sokha também descobre uma força interior que não sabia que possuía. Através de seus desafios, sua bravura se destaca, desafiando as expectativas que o regime social a impõe. Os traumas da guerra e os horrores que testemunha moldam não apenas seu caráter, mas também sua determinação de resgatar seus irmãos e encontrar um caminho de volta para a sua família.

A narrativa explora temas profundos de perda, resistência e a luta pela identidade em tempos de opressão. Sokha não é apenas uma sobrevivente, mas um símbolo da resiliência infantil diante da adversidade. À medida que a história se desenrola, o mundo ao seu redor vai se tornando uma representação poderosa dos impactos duradouros da guerra civil, destacando a fragilidade da humanidade e a urgência da esperança. A jornada de Sokha é uma profunda reflexão sobre os custos da guerra e a indomável força que reside no espírito das crianças, mesmo nas circunstâncias mais sombrias.