Fyre

Em FYRE: O MAIOR FESTIVAL QUE NUNCA ACONTECEU, o ano é 2016, e o empreendedor em ascensão Billy McFarland se une ao rapper Ja Rule para realizar sua visão ambiciosa: criar um aplicativo que se tornaria o serviço de reservas definitivo, um local único para agendar grandes estrelas para qualquer ocasião. Para lançar o aplicativo, McFarland imagina o maior e mais luxuoso festival de música de todos os tempos. Para promover o Fyre Festival, ele leva uma dúzia das modelos mais famosas do mundo às Bahamas, onde gravam um vídeo repleto de beleza, festa e luxo que promete se tornar viral. Ele fecha acordos com celebridades, convencendo-as a emprestar seus nomes para “influenciar” os ricos potenciais participantes. McFarland promete acomodações luxuosas, entretenimento de primeira linha, comida requintada e diversão interminável. Em apenas 48 horas após o início da euforia nas redes sociais, o evento está 95% vendido, com alguns pacotes custando mais de R$ 1,2 milhão. Entretanto, há um problema crucial: a festa simplesmente não vai acontecer.

O que se segue é uma série de pequenos desastres enquanto um local é assegurado e planos são tentados em vão. A cada dia, novos obstáculos surgem, culminando em um fracasso monumental que deixará sua marca na história. O filme, dirigido por Chris Smith, traz entrevistas com as pessoas bem-intencionadas que se esforçaram para cumprir as promessas de McFarland. Entre elas, trabalhadores bahamenses não remunerados que dedicaram seu tempo e esforço em prol do festival. Para todos eles, essa empreitada não foi apenas um fiasco financeiro, mas um compromisso não cumprido que afetou suas vidas.

O documentário mergulha nas intricadas relações entre ambição, desilusão e a cultura das redes sociais. Ele expõe a fragilidade da aparência glamourosa que cercava o Fyre Festival, abordando a avareza e a irresponsabilidade que permearam o projeto. À medida que as expectativas aumentavam, a realidade se tornava cada vez mais distante do sonho. Os espectadores são levados a refletir sobre os perigos da hype e da influência, questionando como promessas vazias podem devastar tanto os aspirantes irrealizados quanto os trabalhadores que creram no sonho de um evento grandioso. Este é um conto de advertência, um lembrete de que, por trás das luzes brilhantes e promessas de fortuna, pode haver uma escuridão profunda e inesperada.