Gureitofuru deddo

Nami é uma jovem que carrega os traumas de uma infância marcada por desfuncionalidades em sua família. Após herdar uma pequena fortuna, ela vê uma oportunidade de buscar os seus vários interesses, muitos dos quais são peculiares e, por vezes, inquietantes. Sua curiosidade a leva a um comportamento obsessivo: ela se torna uma espiã de pessoas que, assim como ela, estão perdidas em sua solidão. Nami batiza esses indivíduos de “solitários”, uma nomenclatura que reflete a conexão que ela sente com eles.

Vivendo uma vida que parece à parte da normalidade, Nami tem uma fixação especial em observar homens mais velhos. É um fetiche que a intriga profundamente, mas que também revela as complexidades de sua psique. Na verdade, seu alvo favorito são os idosos que, apesar das aparências, estão presos em suas próprias solidões, lidando com desejos e frustrações que a sociedade frequentemente ignora. A combinação de sua riqueza recém-adquirida e suas obsessões pessoais a levam a um caminho sombrio e imprevisível.

Em um dia que parece comum, Nami decide espionar um idoso que passou a ser o centro de suas atenções. Ele é um homem solitário, que conta com DVDs eróticos para lidar com sua própria solidão. À medida que Nami se aprofunda em suas investigações, ela transcende o papel de observadora e se transforma em uma stalker. Sua jornada pelas sombras da solidão e do desespero a faz confrontar não apenas os segredos dos outros, mas também os seus próprios demônios internos.

Conforme a trama se desenrola, Nami se vê em um conflito entre o desejo de se conectar com os outros e o medo de se expor. Seus vínculos com os solitários a forçam a questionar suas próprias motivações e a natureza do amor e da solidão. As interações com seus alvos e as trajetórias conturbadas de cada um deles fornecem uma visão inquietante sobre como o abandono emocional pode moldar vidas e relações.

A narrativa revela a fragilidade da mente humana e a busca desesperada por compreensão e contato. Com elementos que misturam o drama psicológico e a crítica social, Nami se embrenha em um mundo onde a linha entre amor e obsessão se torna cada vez mais tênue, desafiando o público a refletir sobre a condição humana em face da solidão que permeia a sociedade contemporânea.