Incidente em Claridge

O caos invade uma pequena cidade de Maryland após a ocorrência de um desastre ecológico. Este filme no estilo “encontrado” se passa em 2009 na cidade de Claridge, Maryland, na baía de Chesapeake. Durante o festival anual de caranguejo do Dia da Independência, a saúde dos moradores começa a se deteriorar. Sintomas estranhos surgem entre a população, e os repórteres locais logo levantam a suspeita de que há algo contaminando a água do lugar. A princípio, ninguém sabe ao certo o que está acontecendo ou como essa infecção se espalhou, mas conforme os habitantes começam a agir de forma estranha e alguns aparecem mortos, o medo rapidamente se transforma em pânico.

À medida que a situação se agrava, o governo local decide intervir drasticamente. A cidade de Claridge é isolada do mundo exterior, e as autoridades confiscam gravações em vídeo de todas as fontes de mídia e pessoais, na tentativa de encobrir o incidente e proteger a reputação da cidade. Isso gera ainda mais tensão entre os moradores, que se sentem ameaçados não apenas pela doença, mas também pela censura imposta.

Porém, um repórter local, que foi testemunha ocular da epidemia, decide não se calar. Ele conseguiu documentar os eventos trágicos que se desenrolaram durante o festival, reunindo material com as primeiras reações dos moradores, entrevistas e momentos de desespero. O repórter percebe que a verdade não pode ser sufocada e, em um momento de coragem e determinação, ele esconde o filme, na esperança de que um dia suas imagens ajudem a revelar a horrível realidade por trás do caos que tomou conta da cidade.

O filme explora temas profundos de negação e sobrevivência, além de destacar o papel da mídia na sociedade. Os personagens são retratados com nuances, incluindo o repórter, que luta com sua própria moralidade ao tentar expor a verdade em meio à crise, e os moradores, que enfrentam a fragilidade de suas vidas cotidianas diante de uma ameaça invisível. À medida que a narrativa avança, os espectadores são levados a uma montanha-russa emocional, refletindo sobre o que significa viver em uma comunidade onde a confiança é abalada e o conhecimento é controlado. Penetrando na psique coletiva dos cidadãos de Claridge, o filme é uma meditação poderosa e inquietante sobre como o medo pode se espalhar tão rapidamente quanto a doença, e a importância de dar voz às verdades que muitos prefeririam manter ocultas.