Layla M.

Em resposta ao preconceito repetido que enfrenta, uma adolescente muçulmana em Amsterdã busca encontrar um sentido de pertencimento no mundo do islamismo fundamentalista. A história acompanha Amina, uma jovem madura, com sonhos e aspirações que frequentemente se sente deslocada em sua própria comunidade. Durante o segundo ciclo da escola, Amina é confrontada por olhares suspeitos e comentários maldosos que a fazem questionar sua identidade e seu lugar no mundo.

Ao mesmo tempo, Amina é uma filha amorosa e uma amiga leal. Sua relação com sua mãe, Fatima, é profunda e complexa; Fatima deseja proteger Amina, mas sua visão conservadora da fé faz com que a jovem se sinta sufocada. Amina anseia por liberdade e a chance de se expressar, mas também se preocupa em desiludir sua família. As tensões entre as suas crenças pessoais e as expectativas familiares são um dos principais conflitos que permeiam a narrativa.

Em busca de aceitação, Amina se junta a um grupo de jovens na mesquita local, onde descobre um lado do islamismo que a faz sentir-se acolhida e respeitada. No entanto, com o tempo, ela percebe que nem tudo o que brilha é ouro. As ideias radicais e fundamentalistas do grupo a envolvem, apresentando uma nova forma de pertencimento que, embora inicialmente atraente, revela-se tóxica e limitada. Esta jornada a forçará a reavaliar suas crenças, as amizades que construiu e a verdadeira essência do pertencimento.

Conforme o enredo se desenrola, temas como a busca pela identidade, a luta contra o preconceito e a complexidade da fé são explorados em profundidade. Amina se vê diante de dilemas morais e emocionais que desafiam não apenas suas convicções, mas também a percepção que os outros têm sobre ela. O filme mergulha em questões atuais, como a islamofobia e a radicalização, trazendo reflexões poderosas sobre liberdade de escolha e amor próprio.

Através da experiência de Amina, a narrativa nos leva a entender as camadas que compõem a vida de uma jovem muçulmana em um mundo que frequentemente a marginaliza. O desenvolvimento do personagem de Amina é um testemunho da resiliência e da força da juventude, destacando a importância de encontrar um espaço seguro, onde se possa ser autêntico e, ao mesmo tempo, respeitar as raízes culturais e espirituais que fundamentam sua identidade.