Mentiroso, Mentiroso, Vampiro

Quando um tímido adolescente de 17 anos, chamado Lucas, muda de escola, ele não imagina que sua vida tomará rumos inesperados. Ao chegar no novo colégio, logo se torna alvo de boatos quando a estudante mais popular, a exuberante Clara, o confunde com um vampiro por causa de sua palidez e sua natureza introvertida. Clara, sempre em busca de algo novo para empolgar seus seguidores nas redes sociais, decide que a história de um “vampiro no colégio” seria perfeita para aumentar sua popularidade.

A princípio, Lucas se vê relutante em corrigir essa percepção errônea. Ele é um jovem que sempre lutou contra sua insegurança e oijo um dilema: aceitar a nova identidade que Clara lhe impôs ou ter coragem de revelar quem realmente é. Com essa nova “aura” de mistério e um toque sobrenatural que a narrativa lhe confere, Lucas acaba se tornando, sem querer, um dos estudantes mais populares. Seus colegas o cercam em busca de emoções e histórias de terror, enquanto ele tenta navegar os altos e baixos dessa nova realidade.

Conforme o tempo passa, Lucas começa a desfrutar de sua popularidade, mas ao mesmo tempo, a pressão de manter a fachada começa a pesar. Ele se vê dividido entre seu verdadeiro eu e o personagem que criou. As amizades verdadeiras se tornam mais difíceis de cultivar, e ele observa horrorizado enquanto sua vida se transforma em uma espécie de espetáculo que gira em torno de mentiras e ilusões.

Mas a situação se complica quando outros alunos começam a investigar sua verdadeira natureza, e rumores começam a se espalhar. Clara, inicialmente encantada com a atenção, também começa a ver as consequências de suas ações e o impacto que isso tem sobre Lucas. A dinâmica entre eles se transforma em um reflexo profundo da pressão social, da busca por aceitação e das dificuldades que os jovens enfrentam ao tentar se encaixar em moldes que muitas vezes não representam quem realmente são.

Conforme a verdade emerge, Lucas precisa encontrar a coragem para se desvincular da persona de vampiro e abraçar sua verdadeira identidade, enquanto Clara aprende sobre a responsabilidade de suas ações e o valor da autenticidade. A jornada se desenrola em meio a risos, lágrimas, e a descoberta de que, às vezes, a verdadeira bravura está em ser quem realmente somos, mesmo que isso signifique se afastar das expectativas dos outros.