Mulheres de Pequena Grande

Uma família se vê diante de um intenso e doloroso processo de luto após a morte de seu pai, com quem tinham uma relação conturbada e distante. A narrativa explora as complexidades de laços familiares desfeitos e os desafios emocionais que surgem quando essa figura paterna, marcada por segredos e escolhas questionáveis, deixa um legado de ambivalência.

Os personagens principais – a mãe, uma mulher forte e resiliente que sempre lutou para manter a família unida, e os filhos, cada um lidando com a situação de maneiras distintas – se encontram divididos entre os sentimentos de perda e a necessidade de compreender o passado. Enquanto a mãe tenta reconstruir sua vida após a morte do marido, os filhos começam a redescobrir partes de suas histórias que foram moldadas pela ausência de seu pai.

A filha mais velha, uma profissional bem-sucedida, enfrenta um dilema interno; por um lado, ela busca encerrar o ciclo de dor que a afasta de suas raízes, e, por outro, deseja preservar as memórias de uma infância feliz, embora distorcida pelo olhar crítico da idade adulta. Já o filho mais novo, um artista sonhador, vê na morte do pai a oportunidade de reviver memórias que até então haviam sido silenciadas, enquanto tenta reconciliar seu amor por ele com a mágoa provocada pela sua ausência.

Ao longo da trama, a família descobre objetos e cartas deixados pelo pai, que revelam um lado dele que nunca tinham conhecido. Essas descobertas os forçam a confrontar seus sentimentos e a refletir sobre o que realmente significa perdoar. Por meio de conversas carregadas de emoção e confrontos inesperados, eles vão, lentamente, desvendar as complexidades da relação que tinham com ele.

Os temas de perda, redenção e aceitação permeiam a narrativa, oferecendo um olhar sensível sobre como a dor pode unir ou separar aqueles que amamos. À medida que lidam com o passado, eles se redescobrem como indivíduos e como um coletivo, buscando não apenas a compreensão, mas também a paz que vem com o perdão. O serviço é um convite à reflexão sobre as relações familiares e ao entendimento de que, mesmo na perda, há espaço para a construção de novos laços e a reafirmação de amores profundos e duradouros.