Mixtape

Em 1999, Beverly, uma garota de apenas 12 anos, leva uma vida tranquila na cidade suburbana onde cresceu, cercada por amigos e pela rotina escolar. No entanto, sua vida muda irrevogavelmente quando ela encontra uma fita mixada quebrada que pertenceu a seus pais falecidos. Para Beverly, essa descoberta se transforma em uma jornada de autodescoberta e de conexão com a história familiar que nunca teve a oportunidade de vivenciar.

Determinação e curiosidade se tornam os motores que impulsionam Beverly a buscar as músicas da fita, cada canção representando uma peça do quebra-cabeça de sua infância e da vida de seus pais. Organizada e perspicaz, Beverly não se contenta em apenas escutar música – ela quer conhecer o significado por trás de cada faixa, entender as memórias que moldaram a identidade de seus pais e, por consequência, a sua. Este caminho a leva a vasculhar lojas de vinil, conversar com vizinhos que conheceram seus pais e até mesmo a explorar antigos registros familiares.

Através de suas investigações, Beverly não apenas redescobre as paixões musicais de seus pais – de clássicos do rock a baladas nostálgicas – mas também se depara com histórias emocionantes que revelam os desafios e os triunfos que moldaram a vida de sua família. Ao longo da narrativa, Beverly se transforma de uma menina insegura em uma jovem que aprende a abraçar as complexidades do amor e da perda. Ela encontra apoio em novos amigos e descobre que, mesmo na tristeza, há beleza e alegria a serem encontradas.

Os temas de saudade, identidade e a busca por pertencimento permeiam toda a história, fazendo com que o público se conecte profundamente com Beverly. À medida que ela explora as canções que a levam a memórias de risadas, lágrimas e amor, o espectador é lembrado de que, mesmo em meio à dor da perda, as conexões familiares podem continuar a viver através da música e das histórias que passamos adiante.

No final, a jornada musical de Beverly se transforma não apenas em uma busca pelos sons que definiram a vida de seus pais, mas também em um caminho para a sua própria autoaceitação e crescimento. Em um mundo onde a música pode curar e unir, Beverly aprende que o amor e a memória são eternos, acolhendo cada nota e cada acorde como uma celebração da vida e da família.