O Último Rei da Escócia

Nicholas Garrigan é um jovem médico escocês que, depois de se formar na Universidade de Edimburgo, decide partir para o Uganda em busca de novas oportunidades e experiências. Ele chega a um país em transformação, onde os ecos da colonização ainda ressoam, e a situação política é incerta devido ao recente golpe de estado que colocou Idi Amin no poder. Ao se estabelecer em uma clínica missionária, Garrigan se sente atraído pelas promessas de mudança e modernização que o novo regime aparenta oferecer.

A vida de Garrigan muda radicalmente quando ele tem um encontro inesperado com Idi Amin, o carismático e temível presidente do Uganda. Amin, que está ansioso para mostrar ao mundo a nova face do país, rapidamente se sente atraído pela presença do jovem médico e, de forma surpreendente, convida Garrigan para se tornar seu médico pessoal. Para um profissional tão jovem e sem experiência em um cenário político tão volátil, esta é uma proposta tentadora e, ao mesmo tempo, assustadora, que parece ser uma oportunidade única na vida.

Ao aceitar o convite, Garrigan se vê inserido no círculo íntimo de um dos ditadores mais cruéis da África, onde a linha entre a medicina e a política torna-se perigosamente turva. Ele testemunha, em primeira mão, a brutalidade do regime de Amin e os dilemas morais que surgem a cada novo dia. Enquanto tenta manter sua integridade como médico, Garrigan se vê cada vez mais envolvido em um jogo mortal de lealdade e sobrevivência.

A tensão aumenta conforme Garrigan luta contra a crescente paranoia que todos ao seu redor experimentam. A sua relação com Amin se torna um labirinto emocional, onde a admiração se mistura com o medo, a ambição encontra a repulsão, e a sobrevivência traz consigo um custo ético exorbitante. O jovem médico é forçado a questionar a natureza da sua própria moralidade e as implicações de suas decisões.

À medida que o regime de Amin mergulha ainda mais no caos e na violência, Garrigan percebe que suas ações, embora inicialmente motivadas por ideais de modernização e progresso, o levaram a um abismo moral. Ele deve encontrar uma forma de transcender a loucura que o rodeia, evitando se tornar uma vítima do mesmo sistema que jurou servir. A luta pela sua própria vida torna-se uma luta pela justiça, levando-o a decisões que irão definir não apenas seu destino, mas também o futuro do Uganda.