Os Contos de Canterbury

Os Contos de Canterbury

(1972)

A recontagem artística e, por vezes, violenta, sempre vividamente cinematográfica de Pasolini de alguns dos contos mais eróticos de Chaucer. O filme mergulha os espectadores em uma jornada provocativa pelo universo medieval, onde os desejos humanos e as hipocrisias sociais se entrelaçam. Pasolini, conhecido por sua habilidade de desafiar normas e explorar a sexualidade de maneira audaciosa, traz à vida as narrativas vibrantes de Chaucer, retratando-as com uma intensidade que mistura humor, drama e crítica social.

Através de várias histórias interconectadas, o filme apresenta personagens memoráveis, desde os astutos e libertinos camponeses até os nobres dissimulados que escondem suas fraquezas por trás de máscaras de respeito. Um dos contos centrais traz à tona a sedução e a manipulação, onde um amante ardente se encontra em um jogo perigoso de paixão e traição. Outro segmento explora a hipocrisia da religião, mostrando como os líderes espirituais, que deveriam manter a moralidade, muitas vezes sucumbem aos prazeres carnais.

Cenários deslumbrantes e uma paleta de cores vibrantes criam uma atmosfera rica e tangível, transportando o espectador para as ruas agitadas da Idade Média. A narrativa visual é impactante, utilizando ângulos de câmera ousados e cortes inesperados, que refletem a turbulência emocional dos personagens. A música envolvente e os sons da época revelam não apenas a cultura, mas também a luta interna dos indivíduos diante de normas sociais opressoras.

Os temas da liberdade sexual, da busca pela verdade e da hipocrisia são tratados com uma profundidade que provoca reflexões sobre a condição humana. Pasolini não hesita em mostrar a realidade nua e crua das relações humanas, onde o amor é frequentemente confundido com o desejo e o poder. Cada conto convida o espectador a questionar sua própria moralidade e as convenções que regem a sociedade.

O filme é uma celebração da vida em suas formas mais cruas e sinceras, desafiando o público a confrontar tabus e a olhar para dentro de si mesmo. Com performances impressionantes e uma direção magistral, a obra é um tributo não apenas a Chaucer, mas também à própria experiência humana em toda a sua complexidade e beleza. A reinterpretação de Pasolini é uma jornada inesquecível que mistura arte, erotismo e crítica social, fazendo deste filme uma peça fundamental na filmografia do cineasta. A cada cena, o espectador é convidado a se perder nos labirintos da paixão e da moralidade, em um mundo onde nada é o que parece e todos têm algo a esconder.

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11.

+4

Classificação

MovieScout Rating 6.3

Gêneros

Comédia|Drama|História

Tempo de execução

1 h 51 min

Classificação etária

País produtor

Diretor

Elenco

Hugh Griffith
Laura Betti
Ninetto Davoli
Franco Citti
Josephine Chaplin
Alan Webb
Pier Paolo Pasolini
J.P. Van Dyne
Vernon Dobtcheff
Adrian Street
Orla Pederson
Derek Deadman
Nicholas Smith
George Bethell Datch
Dan Thomas
Michael Balfour
Jenny Runacre
Peter Cain

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