Romãs e Mirra

Após o marido ser colocado sob detenção de Israel, uma recém-casada palestina se vê obrigada a lidar com as consequências dessa inesperada reviravolta em sua vida. Fadma, uma jovem cheia de sonhos e esperanças, se vê no epicentro de um turbilhão emocional. Sua vida, que antes era repleta de amor e festividades, de repente se transforma em uma luta pela sobrevivência emocional e pela busca de liberdade.

Sentindo-se perdida e angustiada, Fadma encontra nas tradições culturais de sua terra, especialmente na dança Dabke, uma saída para expressar sua dor e sua resistência. A dança, que é uma forma de celebrar a vida e a união em momentos difíceis, se torna o seu refúgio. Ao se juntar a um grupo de mulheres da comunidade, elas compartilham suas histórias, medos e esperanças, criando laços que vão além da dor individual, revelando uma solidariedade palpável em meio à adversidade.

À medida que a trama se desenrola, somos apresentados a personagens secundários memoráveis, cada um com suas próprias lutas e sonhos, que refletem a complexidade da vida palestina sob ocupação. Entre eles, a mãe de Fadma, que vive um dilema entre proteger a filha e manter sua independência, e uma amiga de infância, que sonha em deixar o país, mas é puxada de volta às suas raízes. O contraste entre as aspirações pessoais e a realidade opressiva é palpável, intensificando a luta de Fadma.

Através da dança, não apenas uma forma de arte, mas também um poderoso símbolo de resistência cultural, Fadma começa a redescobrir sua força interior. As práticas tradicionais se tornam uma forma de expressar sua identidade e, simultaneamente, uma crítica à situação em que vive. Enquanto os dias passam, a protagonista enfrenta não apenas a dor da ausência do marido, mas também os desafios impostos pela sociedade, descobrindo sua própria voz e sua capacidade de lutar por um futuro onde o amor e a liberdade possam coexistir.

A história de Fadma é uma jornada emocional que explora temas de amor, perda, resistência e a inquebrantável força do espírito humano em meio a desafios imensos. Através de sua dança e de sua luta, ela inspira outras mulheres a se levantarem e a encontrarem suas vozes em uma luta coletiva, revelando a beleza da conexão humana mesmo em tempos sombrios. É uma mensagem poderosa sobre esperança e o poder da comunidade, deixando o espectador com um sentimento de reflexão e solidariedade.