Transamérica

Uma mulher transexual em fase pré-operacional embarca numa jornada inesperada quando descobre que tem um filho, agora um adolescente fugitivo, que está correndo pelas ruas de Nova Iorque. Bree Osbourne, residente da Califórnia do Sul, finalmente recebe a notícia que tanto aguardava: sua cirurgia de redesignação sexual de masculino para feminino foi aprovada. Porém, antes que sua terapeuta, Margaret, a autorize a realizar o procedimento já agendado para a próxima semana, Bree precisa enfrentar um problema não resolvido de seu passado.

A situação se complica quando Bree recebe uma ligação de um jovem de dezessete anos chamado Toby Wilkins, que está à procura do que acredita ser seu pai. Toby se encontra na prisão em Nova Iorque, sustentando-se por meio de pequenos crimes e atividades ilícitas. Bree não tinha conhecimento de Toby até essa ligação. O garoto parece estar completamente sozinho no mundo; sua mãe cometeu suicídio e ele se afastou de seu padrasto no Tennessee. Disfarçada de assistente social cristã, Bree decide ajudar Toby, não revelando nem sua verdadeira identidade nem seu status de transgênero. Ela paga a fiança de Toby e o leva sob sua tutela, projetando uma viagem até Los Angeles, onde Toby nutre o sonho de se tornar ator pornô e reencontrar quem ele pensa ser seu pai biológico.

Conforme Bree e Toby atravessam os Estados Unidos, enfrentando diversos desafios e fazendo encontros inusitados ao longo do caminho, a relação entre eles se desenvolve de forma inesperada. Bree se vê dividida entre sua própria necessidade de realizar a cirurgia e a responsabilidade de cuidar do jovem desamparado. A jornada os força a lidarem com questões sobre identidade, família e o fato de encontrar pertencimento em um mundo que muitas vezes é hostil. Ao mesmo tempo que Bree tenta fazer o que é melhor para Toby, ela reflete sobre seu próprio passado e as complexidades de ser uma mulher trans em busca de aceitação e amor. Esse percurso se transforma em uma busca por conexão, não apenas entre mãe e filho, mas também na aceitação de ambos em suas respectivas jornadas de vida.