Uma FamÍlia Bem Diferente

Eric, um narrador esportivo e ex-jogador de hóquei, se vê em uma situação inesperada ao se tornar o guardião de um jovem exuberante. A carreira de hóquei do antigo jogador dos Toronto Maple Leafs, conhecido por seu estilo agressivo, chegou ao fim devido a uma lesão no ombro. Agora, ele se dedica à carreira de comentarista esportivo. Embora compartilhe sua vida apenas com sua assistente Nula, Eric guarda um segredo: ele é gay e está em um relacionamento de longa data com um advogado esportivo chamado Sam. Eric sente que não pode ser aberto sobre sua sexualidade, tanto por ser um ex-jogador de hóquei como também por ser uma figura pública ainda ligada ao mundo do hóquei profissional.

A vida de Eric e Sam vira de cabeça para baixo quando eles assumem temporariamente a custódia de Scot Latour, um adolescente que perdeu sua mãe, Julie, que lutava contra o vício em drogas e faleceu recentemente em uma overdose. Julie havia designado a custódia de Scot ao ex-namorado, Billy, que é o irmão irresponsável de Sam. Sam teme que Billy apareça em busca de Scot assim que descobrir que a herança de Julie inclui a custódia do garoto.

Com apenas a influência de Julie em sua vida, Scot se destaca como um adolescente extravagante, que usa maquiagem, uma echarpe de penas e a pulseira de charme da mãe, além de ser apaixonado por musicais e canções natalinas. Enquanto aguardam a chegada de Billy, Eric e Scot são forçados a se entenderem, mesmo que Eric não seja o pai do garoto. Scot, que se expressa livremente sem se preocupar com as consequências, representa tudo o que Eric tem tentado evitar ao longo de sua vida: a vulnerabilidade e a autenticidade. Para Eric, que sempre se preocupou em manter uma aparência machista, essa convivência provoca um confronto interno. Ele se vê diante da necessidade de reexaminar sua identidade e suas relações enquanto tenta proteger a liberdade de expressão de Scot.

Nessa jornada, o que estava destinado a ser uma experiência temporária se transforma em uma oportunidade para ambos crescerem e aprenderem um com o outro, mostrando que laços familiares nem sempre são constituídos por laços de sangue, mas sim por amor, aceitação e apoio mútuo.