Viagens Alucinantes

Um psicofisiólogo, conhecido por sua abordagem pouco convencional e também por seu gênio brilhante e levemente excêntrico, decide explorar os limites da mente humana através de experiências extremas. Na década de 1960, Eddie Jessup, um graduando audacioso, decide se submeter a um experimento que envolve um tanque de privação sensorial. Com o objetivo de descobrir os mistérios da consciência, ele usa a si mesmo como cobaia e inicia uma jornada de autodescoberta que o levará a estados de consciência alterados, repletos de alucinações intensas e simbologia religiosa, apesar de sua falta de religiosidade.

Após sete anos, Eddie é agora um respeitado professor pleno da Harvard Medical School, mas a pressão da acadêmica e o peso da responsabilidade começam a oprimir sua criatividade. Sentindo que sua genialidade está se extinguindo sob a normalidade da vida familiar e profissional, ele decide retomar seus experimentos de privação sensorial, desta vez combinando-os com alucinógenos. Em sua busca pela transcendência mental, Eddie recorre a substâncias não testadas, utilizadas em rituais místicos mexicanos, com a esperança de intensificar suas experiências.

À medida que Eddie mergulha mais fundo nessa exploração, ele afirma ter acessado um estado alternativo de consciência que o conecta a memórias ancestrais e experiências passadas. Seus amigos e colegas, o sempre cético Arthur Rosenberg e o pragmático Mason Parrish, começam a duvidar de suas afirmações, e logo sua esposa Emily, uma acadêmica respeitada, expressa preocupação alarmante com o bem-estar de Eddie. Ela teme que a busca por esse conhecimento transcendente esteja levando Eddie a um precipício perigoso, onde a linha entre genialidade e loucura se torna cada vez mais tênue.

Conforme sua jornada se complica, Eddie luta contra os demônios internos que surgem em seus estados alterados e a possibilidade de que suas experiências possam não apenas arruinar sua vida, mas também causar danos irreparáveis a aqueles que o cercam. Os dilemas éticos de sua busca desesperada pelo conhecimento e os limites da sanidade humana tornam-se temas centrais, enquanto Eddie se vê em um ciclo vicioso entre revelação e destruição. O filme convida o espectador a questionar os limites da consciência e os riscos de ultrapassá-los em nome da descoberta.